Caderno Empregos: Região de Itaguaí vira Eldorado de empregos



Se em Angra dos Reis, no Sul Fluminense, há frustração, diante da negativa de expansão do terminal da Petrobras, o contrário ocorre em Itaguaí, nas proximidades do porto. O movimento de caminhões, com sua poeira crescente, é um sinal claro da vitalidade do local. Outro sintoma é que os habitantes da região avisam que por lá não falta emprego. Algumas empresas, que só contratavam pessoas que morassem nas proximidades, ampliaram o raio de admissão, por temer ficar sem empregados. O porto de Itaguaí, antes chamado de Sepetiba, apresenta bom movimento. Lá estão duas unidades do grupo CSN - o Sepetiba Tecon e o Terminal de MInério e Carvão (Tecar) - e um cais da Vale. Aparentemente, o terminal da Valesul é uma exceção à euforia local, pois parece desativado.

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) tenta, há bom tempo, licitar um terminal de granéis, chamado de "terminal do meio", mas ainda luta com os burocratas ambientais. A expansão industrial de Resende (RJ) e arredores repercute no porto. Além disso, o Arco Rodoviário - que está atrasado, mas um dia será inaugurado - vai fazer com que cargas do Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais cheguem com mais facilidade ao porto. A super refinaria da Petrobras, o Comperj, disporá de porto próprio, mas cargas maiores terão de chegar pelo Porto do Rio ou por Itaguaí.

Antes exemplo de desolação, a estatal Nuclep é um canteiro de obras, tudo em função da Base de Submarinos da Marinha, que está em construção, mediante parceria da brasileira Odebrecht com a francesa DCNS. Talvez nem no auge da construção de Angra I e Angra II a Nuclep tenha tido tanta ocupação. O grupo de Eike Batista, além do estaleiro no Norte Fluminense, está construindo o Porto do Sudeste, junto a Itaguaí. E dá para se ver que as obras estão adiantadas e há um pier, já pronto, que avança pelo mar. A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), mesmo estando à venda pelo grupo ThyssenKrupp, é um grande investimento. Duas empresas produtoras de motores estão se instalando no local: a Rolls Royce, mais adiantada, e a Wartsila, em fase embrionária. Gerdau e Usiminas também enriquecem a região.

A Petrobras é um caso à parte. A empresa número um do país tem área de 8 milhões de metros quadrados e pode fazer do local uma das bases do pré-sal, mas há um problema, pois seu acesso ao mar é polêmico. O terreno é interior e apenas tem acesso através de uma ponta. Fala-se que o governador Sérgio Cabral teria prometido à estatal uma solução, para viabilizar esse projeto que, como sempre, é bilionário.

Os executivos locais se queixam do acesso terrestre. Dizem que, por rodovia, há um grande empecilho, pois a descida da Serra das Araras, na via Dutra - explorada pela CCR - é um obstáculo ao desenvolvimento, pois suas curvas foram construídas em 1928. Quanto às ferrovias, diz-se que a gigante MRS se preocupa excessivamente com minério de ferro e dá pouca atenção a cargas menos pesadas. Já o acesso marítimo ao porto também precisa de melhorias, mas, bem ou mal, embora o canal de acesso não esteja duplicado, isso é questão de tempo e tem grande profundidade natural (18 a 20 metros). Afinal, ninguém pode imaginar que o porto de Itaguaí e o porto Sudeste vão depender de fila para acesso de navios.

Um comentário:

  1. OS INVESTIMENTOS SAO OTIMOS QUERO VER DEPOIS DESTAS OBRAS CONCLUIDAS QUANTO VAI ENTRAR DE DINHEIRO EM ITAGUAI EO QUE NOSSOS POLITICOS VAO FAZER COM ESSA REÇEITA QUE TENDE A SUBIR MUITO E MUITO MESMO!!!!!!..ESTAMOS DE OLHO!!!.

    ResponderExcluir

O Blog Cidadania do Porto faz moderação dos comentários, acreditamos na liberdade de opinião, pensamento e expressão. Porém, não podemos autorizar publicação de comentários contendo calúnias, difamações ou informações não-comprovadas. NÃO SERÁ PUBLICADO COMENTÁRIOS ANÔNIMOS quando for citado o nome de uma pessoa ou de uma unidade ou setor da prefeitura, DIRETA ou INDIRETAMENTE, NÃO INSISTAM! COMETÁRIOS contando tais referências deverá constar o perfil válido da pessoa que está escrevendo!