Especial: Grandes empresas da região de Itaguaí organizam cursos mas poucos dos formados são aproveitados!


Ao conversar com um especialista em recursos humanos, fui surpreendido com informações que com certeza, chocará os leitores, mostrando a real situação das grandes empresas relacionadas ao Porto e a outros empreendimentos localizados na cidade. Acredito que após a leitura dos parágrafos a seguir, o leitor saberá que pode haver uma ilusão por trás dos cursos oferecidos por essas grandes empresas nos programas Jovem Aprendiz e 1° emprego.

Primeiramente, já é sabido que todas as grandes empresas do porto e das empresas relacionadas formam dentro de suas dependências, ou através de acordos, a maior parte da mão de obra. Esses cursos, oferecidos em grande demanda, capacitam os alunos a funções especificas da empresa que está oferecendo a formação. Como exemplo, podemos citar um curso de virador de vagões da MRS, um curso específico para a empresa que está oferecendo o curso.

O que ocorre, é que há uma desumanidade, pois de 100-200 alunos do curso, seja qual for, geralmente com duração de 1 ano, apenas uma pequenina parte dos formados são aproveitados pelas empresas. O aluno sai do curso com um diploma sem utilidade no mercado, pois o curso é específico das necessidades do mantenedor do curso.

Ou seja, os nossos alunos da região saem desses cursos com qualificações que não atendem a demanda do mercado. Uma coisa é o aluno sair formado em um curso técnico em Informática ou pintura ou coisas comuns que o mercado sempre pede. Outra coisa é formar o aluno em manutenção mecânica especializando em equipamentos que só a indústria que montou o curso pode oferecer a vaga ao formado. 

Estou preocupado com o boom de cursos oferecidos pelas grandes empresas da região! A quem beneficia esses cursos? Ao aluno, que deveria sair para uma qualificação real... Ou a empresa que dá uma qualificação, que na verdade só atende a ela, contrata os melhores e dispensa o resto com um diploma sem valor prático.. fica a minha dúvida, está aberto o debate!

Prof. Danilo Aguiar

4 comentários:

  1. Danilo, a estratégia é simples: “Lei da oferta e da procura”. Existindo na região um grande contingente de formados em uma determina função, virador de vagão, por exemplo, mais barata será essa mão-de-obra. É um investimento à médio e longo prazo. Sem dúvida é desumano, mas é a lógica do capitalismo. O capital só visa lucro.

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  2. Eu ainda não havia pensado sob o ponto de vista colocado acima, mas trabalho em um grande empreendimento e sei q as empresas de determinado porte precisam cumprir "metas sociais" e esses cursos servem para isso, pois sem os tais eles não conseguem suas lincenças... É mais ou menos assim... Os cursos são tipo um "cala a boca" pra comunidade não reclamar do impacto das obras pois vai ficar com a esperança de um emprego...

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  3. Não sou da região mas li com atenção o texto do professor, seria importante um objetivo relacionamento entre as empresas da região e a prefeitura com a finalidade de criar um curso específico comum as diversas necessidades das empresas evitando assim decepções e perdas de horizontes!!!

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  4. Não sou da região mas li com atenção o texto do professor, seria importante um objetivo relacionamento entre as empresas da região e a prefeitura com a finalidade de criar um curso específico comum as diversas necessidades das empresas evitando assim decepções e perdas de horizontes!!!

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