Eleições 2012: Cenário completamente indefinido na sucessão municipal
Há menos de 15 meses para o término do processo eleitoral, nada ainda está definido, tanto para o governo, representado pelo prefeito Charlinho, quanto para a oposição, representado pelo grupo de vereadores auto-entitulados "G7". Muitos cidadãos se apresentam como pré-candidatos a prefeito, porém, dá para ver que, na maior parte dos casos, as verdadeiras intenções desses candidatos concentram-se numa cadeira da Câmara Municipal.
Todos os caminhos estão levando para a polarização entre a situação e oposição. Como nossa cidade não tem o número de eleitores mínimo para ter segundo turno, ou seja, mais de 200 mil eleitores, qualquer terceira via poderá vir a prejudicar os principais candidatos desse pleito. Roubando votos da oposição ou da situação. Dependendo dos reais objetivos desse candidato, sua candidatura poderá ser lenvantada apenas para roubar votos de outro candidato, o que chamam na ciência política de "candidato laranja".
No governo municipal, as atenções concentram-se na figura do atual prefeito da cidade. Uma pergunta corrente é: O prefeito apoiará quem em 2012? Dentro dos gabinetes da prefeitura e dos gabinetes dos vereadores que apoiam o governo, o prefeito tem a sua disposição pelo menos uma dúzia de opções.
Porém, ele ainda não tomou a sua decisão e isso gera especulações em sua base de apoio. A grande questão é: Quando Ele definitivamente indicará seu candidato(?). Se o prefeito não indicar rápido seu candidato a sucessão, isso pode ao longo do tempo, desestabilizar sua base de apoio. Por outro lado, se o prefeito indicar já agora o seu candidato a prefeito, vai expor o indicado ao desgaste de uma exposição prolongada a que todo pré-candidato a essa altura sofre, desgastando-o até o pleito de 2012.
Do lado da oposição, as coisas são muito mais complicadas, existe um candidato aclamado pela sua popularidade, porém, já é claro, pela fala de outros vereadores que ele não é mais a única opção. Todos os vereadores da oposição sabem que esse caminho, o da candidatura a prefeito, é um caminho sem volta.
Será que é seguro largar uma reeleição certa para a cadeira da Câmara Municipal em busca da cadeira de prefeito (?). Ou seja, o vereador ou os vereadores terão que ter em mente que estarão partindo para o tudo ou nada. E o "nada" representa entrar na eleição com um mandato popular e sair sem nenhum mandato.
Por outro lado, o prêmio do ganhador dessa disputa vale o tamanho dos riscos. Ao ganhador, o prêmio é o comando da cidade pelos próximos anos com um orçamento bilionário, e, dependendo dos frutos, uma certa projeção nacional, abrindo portas para ambições maiores no futuro.
Com todas essas questões, posso dizer sem medo que o cenário dessa eleição está completamente indefinido.
Prof. Danilo Aguiar
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