REFLEXÃO: O que aconteceu com as CONTAS DA CIDADE? Por qual motivo a GREVE na EDUCAÇÃO durou 61 dias? Quais serão as PENDÊNCIAS TRABALHISTAS deixadas por Weslei ao sucessor? O que haverá no caixa da PREFEITURA DE ITAGUAÍ em 31/12? Qual o LEGADO arrrecadatório que Weslei e Mota deixam para a cidade? Você já fez algumas dessas perguntas? Então leia Aqui!


O que aconteceu com as contas da cidade? Por qual motivo a greve na educação durou tanto tempo? Quais pendências trabalhistas Weslei deixará para o sucessor? E qual é o legado arrecadatório que Mota e Weslei deixam para a cidade? Leia alguns pensamentos sobre esses assuntos nessa postagem.



O que aconteceu com as contas da cidade após a eleição?

O governo Weslei vinha pagando, relativamente, em dia o funcionalismo até agosto último. Os problemas no pagamento da folha de pagamento começaram no exato momento em que as obras de revitalização do centro da cidade e demais aparelhos vinham sendo executados e inaugurados, diga-se de passagem, em pleno período eleitoral. Para o funcionalismo, a impressão é que Weslei Pereira abriu mão da responsabilidade para pagar os salários e priorizou o financiamento das obras visando a vitória eleitoral. A vitória não veio mas as contas vieram rápido. Resultado: Em Setembro o salário atrasou 20 dias e o Salário de Outubro atrasou até 45 dias. Várias obrigações não foram quitadas e nem mesmo o pagamento de insumos para atividades prioritárias como a saúde foram realizadas. Em RESUMO: A decisão de canalizar tudo em obras pode ter quebrado todo processo contábil da prefeitura.

Fim da Greve da Educação

No dia 22/11, em Assembleia da Educação, os presentes grevistas, muitos desde 19/10, decidiram pela suspensão da greve e retorno ao estado de greve. A greve se encerra cinco dias antes do término do ano letivo da rede municipal. O que tornou a greve de 2016 a maior da história da cidade, com 61 dias interruptos de paralisação. Contudo, tanto o Prefeito Weslei Pereira quanto sua Secretária de Educação Mara Soares, aparentemente encararam a Greve como um ato sem muita importância e demonstraram pouco (ou nenhuma) preocupação em resolver ou dialogar em busca de soluções. Em parte, isso se explica, pois num fim melancólico de governo, quem sai prefere negligenciar obrigações esperando empurrar ao próximo dignatário os problemas.

Pendências para o sucessor

Há apenas 6 dias para o fim de seu mandato, Weslei Pereira deixa para o sucessor uma enormidade lista de pendências trabalhistas perante o funcionalismo municipal. Além do pagamento de ordenados dos meses de dezembro e novembro (para boa parte do funcionalismo) de 2016, acrescenta-se a lista o pagamento do 13° salário, resíduos do Plano de Cargos e Salários dos meses de Janeiro a Abril de 2015, regularização contábil dos profissionais migrados da educação (para 2018). Nada disso foi pago ainda e, a cada momento, vai ampliando o buraco financeiro da qual o funcionalismo de Itaguaí vem presenciando, no que se refere ao quadriênio 2013-2016 sob a administração Mota/Weslei. Essa crise contábil funciona como uma espécie de bola de neve diária. Pouco se sabe, até agora, como estará a dívida crescente no dia 02/01/2016, primeiro dia da administração Charlinho, de facto.

O que terá em caixa no dia 31/12?

Dependerá muito do que Weslei Pereira quer priorizar nessa última semana de governo. Se a prioridade do governo após 61 dias de greve ainda é pagar as obras feitas em Agosto e Setembro, não é muito difícil responder essa pergunta. Outro fator é político: Quanto Weslei Pereira deixará a seu sucessor em caixa para dizer que não deixou vazio? Muito cômodo para Weslei Pereira não pagar nenhum servidor e dizer que deixou determinado valor para o sucessor pagar. Quanto a qualquer possível interferência externa ao trabalho da contabilidade da Prefeitura, não acredito que isso possa interferir no processo. Todos sabemos que esses setores da Prefeitura possuem o "plano de contingência": Consiste em transferir o setor imediatamente de lugar usando Backup de arquivos guardados e continuar as atividades a partir de outro lugar. Portanto, se Weslei não pagar o funcionalismo nessa semana, é por que optou por não pagar ou não viu prioridade pessoal em pagar o funcionalismo.

Legado arrecadatório do governo Mota e Weslei

Quando Charlinho deixou a prefeitura em dezembro de 2012, a arrecadação daquele ano variava entre 45-60 milhões mensais. Hoje, Weslei Pereira deixa a prefeitura nessa semana com uma arrecadação média de, apenas, 28-31 minhões com um gasto de funcionalismo que supera 23-24 minhões. Longe de pontuar erros e possibilidades. É claro que a cidade sobrevive basicamente com verbas federais e de setores que não dependeram de políticas locais para geração de emprego e renda. Exemplo clássico é Seropédica: Nos últimos anos 3 empresas de grande porte se instalaram na cidade e outras 4 começarão as atividades nos próximos anos. Isso tudo foi fruto de políticas LOCAIS de geração de emprego e renda. Como resultado a cidade está se beneficiando mais do Arco Metropolitano do que Itaguaí que abriga o porto. EM RESUMO: A cidade tem um mapa de arrecadação montada em cima de uma verdadeira "montanha russa". Extremamente dependente de recursos que não possui controle nem provisionamento.

Esperamos abrir o debate e esperamos entender um pouco sobre esse caos que está passando a cidade. Acredito que esse momento é tão confuso que somente daqui a um tempo seremos capazes de avaliar com perfeição essa tempestade da qual estamos passando.

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