BOCA NO TROMBONE: Plano de cargos da educação de Itaguaí, você servidor, realmente está bem assistido? (Papo reto por Marina Leal)

Não vou me alongar nessa novela, porém coisas no mínimo estranhas tem ocorrido nos últimos dias em todo esse processo de aprovação ou não do plano.

O plano de cargos da educação esta em pauta desde o primeiro semestre de 2013, e como tudo nesse governo vai devagar quase parando. Após enrolar de todas as formas o executivo municipal (prefeito), aceitou a proposta dos servidores e enviou a câmara dos vereadores. Vale lembrar que a categoria fez greve no inicio do ano, mais precisamente em fevereiro. Só após a greve iniciada o governo resolveu dialogar. Após a promessa de cumprir tudo que foi pedido até março de 2014, exceto o plano que entraria em vigor em maio,a greve foi encerrada. Chegamos em março e nenhuma lei foi criada no sentido de proteger as conquistas, e em maio o plano continuava sem solução.

Aí o que seria normal? Bem, já que o prometido não ocorreu, vamos de greve. Porém, isso não ocorreu. Passaram-se os meses e só assembleias, até que se chegou as paralisações. Os servidores tiveram uma adesão ainda maior, confiando e acreditando que dessa vez a vitória viria. Após a primeira paralisação de agosto, muitos funcionários já falavam em greve, já que nada foi feito na sessão de 05 de agosto na câmara. Quando se chegou o dia 12, em nova paralisação, e após pressões na mídia, o coro de greve aumentou.

Mas aí é que vem algo muito esquisito. Os servidores entoaram em plena assembleia o grito de: "O Sepe não quer greve".

Mediante a isso, foram orientados de que se não houvesse nada aprovado na câmara em relação ao plano, haveria assembleia no dia 18 de agosto com greve logo em seguida. Se atente leitor a expressão "nada aprovado em relação ao plano". Como assim? Os servidores querem o plano aprovado na íntegra e de uma vez, não é? E por quê cancelar nova assembleia já marcada? Lá poderia se discutir sobre concordar ou não em ter uma greve, mediante a não ter sido aprovado algo contundente em relação a tal plano.

Pois bem, em assembleia também houve a informação, de que o plano não seria aprovado de uma vez. Mas agora é que não entendi mais nada. O plano não é um só. A câmara não aprova ou desaprova qualquer coisa passando por comissões muitas das vezes e em conjunto, logo votando a favor ou contra?

Como se diz em assembleia, a servidores que o plano será aprovado aos poucos, sendo que essa espera ocorre desde 2013, e que em maio era o prazo acordado e depois de chegar a câmara o prazo se esgotou em 27 de julho?

Como se usa essa expressão, "nada aprovado em relação ao plano", dita em assembleia por representantes desses servidores, sendo que a questão é aprovar o plano e ponto? Pode parecer expressões ditas de propósito, para se evitar uma greve.

Tudo isso me causa muita estranheza, e a novela continuará, e na minha visão com possíveis dois finais. Plano aprovado cheio de emendas, que prejudiquem os servidores, mas como o prazo para tal aprovação é curto, vai ser cheio de emendas tal final mesmo. Ou ainda o segundo final, plano aprovado após o prazo expirado para entrar no orçamento de 2015, ficando assim só para 2016.

Amigos, vou ser direta. Será que os servidores estão no mesmo barco de alguns que deveriam defendê-los?

Servidores a voz é de vocês. Já que "remaram" até aqui, vá a tudo que diz respeito ao plano, com opiniões formadas, não deixem se" levar". Afinal o bem em conjunto, não pode ser misturado com o bem individual. ACHO QUE VOCÊS ENTENDERAM O QUE QUIS DIZER.

Aguardamos cenas dos próximos capítulos...

Publicado originalmente no Grupo Boca no Trombone - Facebook