Itaguaí e Região: ThyssenKrupp estuda VENDER a CSA em Santa Cruz



A ThyssenKrupp anunciou nesta terça-feira que examina "opções estratégicas em todas as direções" para a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), inaugurada em junho de 2010 no distrito industrial de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Segundo a multinacional alemã, as opções podem incluir a formação de parcerias ou até mesmo a venda de sua participação de 73,13% na empresa --os outros 26,87% pertencem à Vale, que não comentou o assunto.

Ao comunicar a medida para o conselho de supervisão da Thyssen, o conselho executivo atribuiu a decisão à "mudança dos parâmetros econômicos" tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, onde as placas de aço produzidas pela CSA são processadas. A fábrica americana também terá seu destino avaliado.

A estratégia inicial da Thyssen era produzir as placas a baixo custo no Brasil e processá-las nos Estados Unidos para posterior venda no Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte).

De acordo com a empresa, porém, essa estratégia foi comprometida pelo aumento dos custos no Brasil e pela queda da demanda nos Estados Unidos por conta da crise econômica.

"Os custos de produção no Brasil estão crescendo de forma desproporcional devido a custos trabalhistas crescentes, efeitos inflacionários e em particular pela apreciação da moeda", informou a empresa em comunicado, citando ainda a alta do preço do minério de ferro como fator preocupante.

"Ao mesmo tempo, devido à baixa demanda, provavelmente só será possível alcançar prêmios sobre o preço no mercado americano, agora e no médio prazo, em setores e tipos específicos de aço", disse.

Além do cenário global desfavorável, a siderúrgica enfrenta ainda ações na Justiça do Rio. No ano passado, a empresa e seu diretor de sustentabilidade foram denunciados pelo Ministério Público por supostos crimes ambientais que resultaram na emissão de poeira de grafite na vizinhança.

Eles negam as acusações e afirmam que os padrões legais de qualidade do ar não foram desrespeitados. A empresa diz ainda ter feito investimentos para melhorar o desempenho e evitar novas emissões.

Os problemas judiciais e de imagem associados a essa ocorrência, porém, não foram citados pela Thyssen no comunicado sobre os motivos que levaram o conselho executivo a reavaliar sua participação na siderúrgica.

A companhia informou ainda que, a despeito da decisão de buscar opções para a empresa, continuará a investir na expansão da produção neste ano. No primeiro semestre fiscal, a CSA produziu 1,7 milhões de toneladas de placas de aço.

2 comentários:

  1. Cheio de problemas na construção e operação, construíram o troço com dinheiro do BNDS e agora não conseguem ter lucro ...
    vão vender, passar o problema adiante...

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  2. o Midas da um jeito,kkkkkkk

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