Prefeitura de Itaguaí historicamente IGNORA qualificação dos servidores em detrimento da LIVRE-ESCOLHA nas nomeações e contratações - Interessa aos GESTORES DA CIDADE a existência BANCO DE DADOS com a qualificação de todos os FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS? Ou interessa aos mesmos IGNORAR a qualificação dos funcionários para continuar nomeando e contratando subutilizando pessoal da própria prefeitura?
A Prefeitura de Itaguaí possui em seus quadros aproximadamente 4.700 servidores efetivos, funcionários aprovados em concurso público, formando a base da força de trabalho em serviço para a comunidade. Esses profissionais possuem formação variada, desde o ensino fundamental até o doutorado.
Porém, duvido que a própria prefeitura conheça o currículo acadêmico e profissional de boa parte do funcionalismo. Tornou-se comum o discurso, entre os políticos da cidade, de um governo técnico. São raros os casos onde os próprios políticos da cidade, gestores de órgãos públicos, lembram-se de procurar, dentro do próprio quadro, servidores capacitados e com formações para as funções, sobretudo, de confiança ou contratos específicos.
Em via de regra, os gestores da cidade procuram ocupar os cargos comissionados e contratos com profissionais de fora dos quadros de servidores efetivos, inchando a máquina pública de "corpos estranhos" sob a desculpa de que está qualificando a administração "importando" pessoas qualificadas.
Os mesmos que desdenham tal argumento, via de regra, desconhecem (ou preferem ignorar) a qualificação dos profissionais do próprio quadro de pessoal da prefeitura. Provavelmente, o jogo político exige que o quadro de comissionados seja ocupados por pessoas cujo interesse é maior que o de um quadro qualificado e enxuto.
AMIGOS, qual é a dificuldade da PREFEITURA DE ITAGUAÍ em criar e manter atualizado um banco de dados com a qualificação profissional dos funcionários (efetivos) do município? E qual a dificuldade de utilizar-se desse quadro qualificado em cargos e funções na administração pública?
Além disso, é importante salientar que a nomeação e contratação é um recurso para manter alto nível técnico no quadro, contudo, deve ser realizado concurso público. E essa postagem tem uma aplicação prática em um momento que as contas da Prefeitura de Itaguaí seguem perigosamente no limite da lei de responsabilidade fiscal. Para qual motivo a prefeitura mantém e comissiona pessoas cuja qualificação poderia se encontrar dentro dos próprios quadros efetivos da prefeitura?
É fácil e doce o velho discurso onde o gestor alega que não tem conhecimento de tais qualificações. Será que é tão difícil organizar um banco de dados para tal? Certamente existem muitos servidores com qualificações impares mas que não são usados pela comodidde da administração pública em subutilizá-los em detrimento de nomeações de padrinhos em cargos de "confiança".
Aliás, num momento onde a Justiça determinou a exoneração de comissionados em cargos de servidores efetivos e a demissão de contratados para realização de concurso público, por qual motivo a prefeitura não poderia usar desse expediente? Fazer um banco de dados e efetivamente utilizá-lo no preenchimento desses cargos?
Infelizmente muitos gestores preferem ignorar (e mesmo desqualificar) a qualidade do quadro de servidores efetivos da prefeitura e ignorar a qualificação de cada um deles em detrimento da livre-escolha na nomeação de "pessoas próximas" e inchando ainda mais os quadros da administração pública. Nesse momento difícil de austeridade econômica, essa política desqualificatória tem como resultado maior gasto da máquina pública.
Faça um Comentário